sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Morto-vivo

A chamada no site da globo era prá lá de curiosa: "morto" aparece no próprio velório. Não resisti e logo cliquei na matéria. Ri sozinha ao ler a história e depois em casa com a minha mãe, que também tinha lido e caído na gargalhada. O melhor é que é uma história engraçada e atrapalhada, que o repórter teve que escrever com seriedade. Mas ele não teve como fugir do humor, principalmente em relação às pessoas que deram seus depoimentos.

A matéria começa explicando que o pedreiro Ademir Jorge Gonçalves foi dado como morto após um acidente na BR-153, no Paraná, depois de familiares e amigos reconhecerem o corpo no necrotério. O detalhe é que o homem, conhecido como Tufão, apareceu vivo no próprio velório, bem no dia de finados. Já imaginei a cena: todo mundo com cara de assustado, de certo achando que estavam vendo alma penada. Aí, o repórter explicou que na hora do acidente, Tufão estava o tempo todo em um posto que fica ao lado da BR onde o acidente aconteceu tomando pinga com os amigos. Voltei à cena: além de aparecer no seu próprio velório e assustar todo mundo, o cara tava mais pra lá do que prá cá, bebim, e não foi de qualquer bebida, era de pinga.

O balconista do posto informou que Tufão soube que estava sendo velado por um amigo. "O rapaz chegou correndo para avisar que estavam querendo sepultar uma pessoa como se fosse o Tufão, que ficou assustado na mesma hora. Ele saiu do restaurante para esclarecer a história", disse o balconista. Imaginem o Tufão desesperado e indo avisar o povo que ele estava vivo. Na hora eu pensei: a família nem deve gostar muito do coitado, já que vários parentes reconheceram o corpo de outra pessoa como sendo dele, pessoa esta que foi atropelada perto de onde ele estava. Então, eu concluo que essa pessoa não deve ser muito parecida com o Tufão, acho que seria muita coincidência.

O gerente da funerária que cuidou do velório disse que várias pessoas foram reconhecer o corpo, algumas ficaram em dúvida, mas outros não. Aí vem outra parte engraçada da história: o homem da funerária disse que providenciou tudo e reclamou do prejuízo. "Nenhuma das duas famílias pagou pelo trabalho. Nós oferecemos 24 horas de café, leite, chá e lanche, sem falar do caixão e do sepultamento. Tudo isso sai por R$ 1,3 mil, que saiu, até agora, do meu bolso". Detalhe pro lanchinho que foi servido. Eu nem sabia que funerária servia lanchinho. E a família do morto verdadeiro apareceu e nada de pagar o coitado do homem da funerária que fez tudo direitinho.

Outro detalhe descrito na matéria foi que a mãe do Tufão não acreditava que era o filho dela no caixão (pelo menos a mãe né!). Ela ficava olhando e dizendo que não era o filho, quando de repente ele apareceu. "Foi um alívio", declarou ela. Que história maluca! E não foi só o gerente da funerária que saiu no prejuízo. Pra completar, o morto-vivo ou vivo-morto (Tufão) também teve problemas. Apesar de ter virado celebridade na cidade onde tudo aconteceu, Santo Antônio da Platina, no Paraná, o dono do imóvel onde ele morava queimou suas roupas e o colchão da cama onde ele dormia. Onde já se viu isso? Coitado do Tufão!! No fim da matéria, o repórter finaliza dizendo que apesar de ter só a roupa do corpo agora, Tufão só quer comemorar. No mesmo dia ele voltou ao posto que estava mais cedo pra tomar mais pinga.

5 comentários:

  1. Camila!

    Você tem que colocar um link para a matéria original!

    Quando estava aprendendo a dirigir, tive que assisti um filme que mostrava victimas de acidentes de carros. Uma mulher foi lançada do carro dela e ficou com a cara parecendo carne moída. Acho que é bem normal a dificuldade de reconhecer os corpos de vítimas de acidentes de carros. O impacto é tão forte - lembro que uma trombada de frente indo 60kph é igual a uma caída do terceiro andar de um prédio.

    -N

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  2. Eu sei não, eu imagino como que deve ser você chegar vivo lá no seu próprio enterro. Me lembrou a história do Nobel.

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  3. Blue, preciso falar com vc! Lembra do bronzeado natural? Existe ainda em Gyn? Me manda um e-mail, plis, que eu te explico por lá. ludmill@gmail.com
    Beijos! (essa do morto é ótima, hahaha)

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  4. Fiquei famoso...

    mais uma matária sobre mim...

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