quarta-feira, 27 de maio de 2009

Cabeças no congelador


Eu sempre achei algumas atitudes do meu irmão mais novo meio esquisitas, mas ontem, depois de um pedido que ele me fez, eu tive certeza que ele e mais um monte de gente são realmente muito estranhos. Ele veio com a máquina fotográfica na mão e me pediu para tirar uma foto dele com a cabeça dentro do congelador. Eu achei que ele estava brincando comigo e fiquei rindo. Mas ele estava falando sério e eu acabei tirando as fotos. Acho até que teve uma hora que ele exagerou um pouquinho e enfiou muito a cabeça lá dentro, aí pensei que talvez ele poderia estar estressado, com a "cabeça quente", hehehe. Depois do favor concedido ele me explicou que essa foto faz parte de uma nova moda na internet. Se você digitar o número 241543903 no Google, irá encontrar centenas imagens de pessoas de vários países com a cabeça dentro na geladeira. Os adeptos a cabeças frias devem postar as fotos nos sites Flickr e no Twitter e marcar o arquivo com o tal número, para que elas apareçam no Google. A bizarrice foi criada pelo artista californiano David Horvitz, que publicou a primeira foto no Flickr no dia 9 de abril. No dia seguinte, Horvitz divulgou a tal corrente em seu blog: "Tire uma foto de sua cabeça dentro do freezer. Publique a foto na internet. Marque o arquivo com o número 24154903. A ideia é que se você procurar por essa etiqueta críptica, todas as fotos de cabeças no freezer vão aparecer. Eu acabei de publicar uma". A "seita" passou despercebida até o dia 24 de baril, quando duzentas imagens foram parar na rede. Eu continuo achando muito estranho. Resolvi colocar uma pequena entrevista com o meu caríssimo irmão, Bruno:

Camila - Como você soube da nova moda?
Bruno - Um amigo meu me falou. Ele também tirou a foto.

Camila - Você resolveu aderir porque é uma moda?
Bruno - Não. Fiz porque achei legal.

Camila - Você já achou sua foto no Google?
Bruno - Não, porque não tenho Twitter e nem Flickr.

Camila - Então, pra quê você tirou essa foto?
Bruno - Coloquei no Orkut, pros meus amigos poderem ver.

Camila - Qual é a sensação de enfiar a cabeça no congelador?
Bruno - É gelado.

Camila - Qual a sua opinião sobre o cara que inventou isso?
Bruno - Ele é um à toa.

Camila - E você é o quê?
Bruno - Sou um médio à toa. Não inventei o movimento, só aderi a ele.

Camila - Você nem sequer imaginou o por quê disso?
Bruno - Não parei pra pensar. Mas não achei bizarro.

Esse é o meu irmão, doido por internet. E bota doido nisso.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Maldita Lei de Murphy

A Lei de Murphy tem me perseguido ultimamente. "Se algo pode dar errado, dará errado da pior maneira possível, no pior momento possível". Logo no dia que eu tenho trabalho dobrado a fazer e tenho que sair no horário, o meu computador resolve dar pau ao mesmo tempo que a internet também resolve não funcionar. E o pior: o computador vazio ao meu lado também não colabora, enquanto o de todas as outras pessoas funcionam normalmente. Quando finalmente encontrei uma pós-graduação interessante em Goiânia, posso pagar e resolvo me matricular, não há uma quantidade de alunos suficiente para formar uma turma. Logo no dia em que demoro um tempão fazendo escova no cabelo, o tempo fecha de repente e começa a chover. Detalhe: logo nesse dia eu tenho que ir pro trabalho a pé, não aparece nenhuma carona e eu esqueci o guarda-chuva em casa. No único dia do ano em que eu preciso ir ao caixa do banco sem falta, a fila está quilométrica e eu estou no carro do meu irmão, que precisa dele para ir trabalhar. Logo no dia em que estou com o dedão do pé esquerdo machucado e doendo muito eu resolvo bater o próprio (no mesmo local do machucado) na calçada. E mais: assim que ele sara e finalmente acho que posso calçar meu sapatos a manicure machuca o outro dedão, agora o do pé direito. No dia em que eu vou ao shopping e decido comprar uma sandália para ir a um casamento não tem meu número em nenhuma das três lojas da cidade. No dia em que eu não estava precisando e também não tinha dinheiro, tinha aos montes a tal sandália nas lojas. Ai, esse item sempre acontece comigo: nunca tem aquela coisa maravilhosa, perfeita e barata na loja no dia que você pode comprar. Logo quando tenho uma festa legal pra ir tenho que trabalhar até mais tarde. Logo quando eu resolvo fazer apostas (porque eu nunca fazia) perco, duas seguidas. Tô pobre. Quando me mandam para a editoria que eu sempre quis trabalhar não posso escrever matéria. Nos três dias em que fiquei na Pousada do Rio Quente, resolvi usar um brinco que eu adoro justo no dia em que fui descer na tirolesa. Um hora dessas um deles está bem lá no fundo do rio. Bem no dia em que a minha cachorrinha está no cio meu pai esquece o portão aberto, ela foge e resolve passar bem no mesmo caminho de um motoqueiro ladrão de cachorros. Obs.: apesar de ter sidos equestrada, conseguimos recuperá-la, graças a Deus. E apesar da incoveniente Lei de Murphy andar querendo me deixar louca, minha vida continua ótima e ela não vai me abater! hehehe! Abaixo alguns exemplos típicos da maldita Lei:

- Se você tem alguma coisa há muito tempo, pode jogar fora. Se você jogar fora alguma coisa que tem há muito tempo, vai precisar dela logo, logo. (Afffe)
- Você sempre encontra aquilo que não está procurando. (E quando precisa urgente de algo, nunca acha)
- Quando te ligam: a) se você tem caneta, não tem papel. b) se tem papelnão tem caneta. c) se tem ambos ninguém liga. (Hahahahaha)
- Mesmo o objeto mais inanimado tem movimento suficiente para ficar na sua frente e provocar uma canelada. (Esse faz parte da minha rotina)
- Qualquer esforço para se agarrar um objeto em queda provocará mais destruição do que se deixássemos o objeto cair naturalmente. (Isso sempre acontece quando são copos de vidro e cheios)
- Você nunca vai pegar engarrafamento ou sinal fechado se saiu cedo demais para algum lugar. (O engarrafamento só aparece quando você está atrasado, impressionante!)
- A informação que obriga uma mudança radical no projeto sempre chega ao projetista depois do trabalho terminado, executado e funcionando maravilhosamente (Também conhecida como síndrome do "porra! mas só agora!!!").
- Nenhuma bola vai parar em um vaso que você odeia. (O objeto que sempre quebra é o que você mais gosta)
- Seja qual for o defeito do seu computador, ele vai desaparecer na frente de um técnico, retornando assim que ele se retirar. (Isso é muito paia... Você fica com a maior cara de idiota... E continua com o problema)
- Oitenta por cento do exame final que você prestará, será baseado na única aula que você perdeu, baseada no único livro que você não leu. (Aí já é azar puro!)
- Todo corpo mergulhado numa banheira faz tocar o telefone. (Nesse caso, eu deixo tocar, hehehe)
- A probabilidade do pão cair com o lado da manteiga virado para baixo é proporcional ao valor do carpete. (Sempre cai virado pra baixo! Será que é porque o lado da manteiga é mais pesado? Não é possível!)
- As crianças são incríveis. Em geral, elas repetem palavra por palavra aquilo que você não deveria ter dito. (kkkkkkkkk)

(fonte: Luiz Ferraz Neto)

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Fúria no trânsito


Uma matéria da Veja desta semana chamou minha atenção para um assunto que eu costumo reparar bastante e refletir: o comportamento agressivo das pessoas no trânsito. A reportagem revela, como até as pessoas que costumam ser calmas e tranquilas no dia-a-dia acabam ficando furiosas o dirigirem pelas ruas das grandes cidades. A repórter conversou com psicólogos para tentar explicar o porquê de tanta fúria, que se resume a buzinadas, fechadas, xingamentos e brigas feias, algumas com fins trágicos. Eu já presenciei várias, muitas vezes por motivos aparentemente bobos. Gente que sai do carro preprado pra guerra. Costumo ficar impaciente e realmente muito nervosa com as pessoas no trânsito de Goiânia, que na minha opinião tem muita gente folgada e barbeira. E falo isso porque tirei carteira em Brasília e dirigi muito tempo por lá e o trânsito é bem mais civilizado. Um bom exemplo é que lá as pessoas param na faixa para o pedestre atravessar, situação muito rara de se ver nas ruas de Goiânia. Já reparei que aqui muitas pessoas ficam realmente bravas quando você pede passagem, e vão logo jogando o carro pra frente para que você não aproveite a brecha. Mesmo sabendo que um dia são elas que vão precisar passar, para virar em alguma rua ou coisa assim. Fico com raiva quando o cara vai se enfiando achando que é melhor. O ser humano nessas situações se mostra egoísta, já que ele sempre se ofende no trânsito com pessoas que cometem infrações que muitas vezes ele mesmo comete. Vejo também que o mais forte sempre sai ganhando. Ônibus e caminhonetes cometem infrações absurdas só porque são grandes. Isso também dá raiva. Os carros pequenos que se virem e se espremam nas ruas. Acho que o que dá mais raiva é que certas pessoas não têm limites e não pensam que as ruas são lugares onde todos devem conviver e por isso o outro deve ser respeitado. Odeio quando as pessoas param pra bater papo no meio de avenida, ou então andam bem devagar na pista da esquerda enquanto a pista da direita está livre. Tem gente que até passa por cima de calçada porque está com pressa. Por que de certo este motorista é o único que está com pressa né?! Nossa, acho que já estou ficando furiosa só de pensar... Mas nada justifica o comportamento cada vez mais agressivo das pessoas. A matéria da Veja fala que muita gente abusa da falta de educação porque são anônimas, por isso brigam sem medo de serem reconhecidas. Outras têm o costume de descontar a raiva e o estresse nos outros. Muitos se consideram melhores que a média mesmo, e há aquele que se comporta mal no trânsito porque tem certeza da impunidade ou porque não é reprimido por outras pessoas do seu círculo social. São muitas as explicações. Uma coisa a se pensar.